sábado, 17 de outubro de 2009

Memória

Memória

Memorizar os conhecimentos é melhor do que decorar

“Só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço”. Você costuma ouvir esse tipo de comentário? Bem, isso nem sempre pode significar que você está com problemas graves de memória. Você sofre de um mal comum na sociedade: o esquecimento. Diariamente maridos esquecem os aniversários das esposas, as mães esquecem de pagar a escola do filho e algum motorista deixa o farol do carro ligado no estacionamento. Mas por que isso acontece? O esquecimento é só um lapso de memória, uma falha causada pela desatenção pessoal. E isso só ocorre porque às vezes não damos atenção aos pequenos detalhes da rotina ou da matéria que estamos estudando.

Tudo isso, é claro, depende do bom funcionamento da memória e esses fatores estão ligados a outros detalhes, simples ou complexos.

Capacidades

Há quem diga que a memória é como um músculo, que cresce sempre que exercitado. Realmente, os especialistas confirmam que a memória funciona cada vez melhor se for treinada. Mas a capacidade de armazenar informações está ligada principalmente a dois fatores:
1) Capacidade física do cérebro de absorver e reter informações.
2) Capacidade de organizar informações complexas durante o processo de aprendizagem e isso está diretamente ligado à inteligência.

Sono

Um detalhe importante é que a memória está próxima dos processos biológicos do organismo, ela é seletiva e esse seu caráter mantém um processo interativo com determinadas fases do sono. Durante o sono profundo adquirimos a memória de longo prazo, que é armazenada em uma parte do cérebro conhecida como córtex e tem capacidade ilimitada. Já no hipocampo armazenamos a memória de curto prazo, aquela informação corriqueira (como um número qualquer de telefone ou os algarismos de uma equação feita de cabeça) que guardamos só durante o período necessário e depois descartamos. É por isso que a memória tem de ser modificada a cada instante, para que não sejam armazenadas informações desnecessárias.

Organização

A boa memória depende do nível de inteligência geral, da habilidade verbal e do interesse no que está aprendendo. Portanto, se você não gosta de matemática e não se esforça para aprender, dificilmente os conceitos da matéria ficarão armazenados na sua memória. Além disso, para quem está em maratona pré-vestibular, é preciso encarar a memória como um “grande arquivo”, constituída por pura organização pessoal. Então, para que você consiga armazenar a avalanche de informações diárias que recebe é necessário organizar-se, anotar as idéias, utilizar alguns mecanismos e revisar constantemente a matéria. Veja abaixo algumas dicas para exercitar sua memória e como evitar que ela se torne falha e preguiçosa.

Xadrez
É um ótimo exercício para a memória, pois exige bastante dela. Já reparou que um bom jogador de xadrez nunca esquece suas jogadas?

Atenção
A memória para determinado fato está relacionada à importância que lhe atribuímos e isso pode ser chamado de atenção. A atenção aos detalhes facilita a memorização e é um fator fundamental para aquisição de novas informações.

Alimentação
Algumas vitaminas são essenciais para o bom funcionamento da memória como a tiamina, o ácido fólico e a vitamina B12, que podem ser encontradas em pães, cereais, legumes e frutas. A água também é indispensável, pois a desidratação pode levar à confusão e outros problemas de pensamento.

Sono
Uma boa noite de sono ajuda a armazenar o que foi aprendido no dia, na memória de longo prazo.

Links mentais
Fazer links mentais relacionando idéias ou conceitos em fatos inusitados pode ajudar a memorizá-los com mais facilidade. Nossa mente memoriza melhor o que é diferente, curioso.

Desintoxicação
Procurar um tratamento ortobiomolecular para uma desintoxicação do organismo pode ajudar, além de fornecer uma reeducação alimentar. Isso porque a boa memória está relacionada também ao bom funcionamento do metabolismo ou a problemas bioquímicos (excesso de chumbo ou mercúrio no organismo, por exemplo).

Análise individual
Relacionar assuntos novos com o que já aprendeu e analisar o que está sendo estudado e chegar a conclusões sozinho ajuda a memorizar o conceito.

Revisão
Revisar uma matéria aumenta exponencialmente a chance de se lembrar dela posteriormente. E mais, relendo um conteúdo há também a repetição do estímulo nervoso de arquivamento da informação e, com isso, a memorização é mais certa.

Mecanismos
Certos mecanismos, como os Mnemônicos, ajudam a desenvolver a memória por meio de princípios artificiais de organização, como as rimas para o ensino de crianças: “um - dois, feijão com arroz...”. As palavras-chave também são mecanismos mnemônicos que auxiliam na memorização de conceitos. Outro mecanismo é o sistema visual-simbólico, um modo de memorização através da associação de idéias ou palavras com objetos. Por meio da comparação sucessiva relacionam-se duas idéias, lembramos de uma e conseqüentemente da outra.

Interesse
Quanto maior o interesse, mais facilmente se aprende e se arquiva o conhecimento na memória.

Escrita
Escrever é uma forma de ampliar seu banco de dados e exercitar a memória.

Estilos de aprendizagem
Há diferentes estilos de aprendizagem e cada um tira proveito de seu sentido mais aguçado para ajudar na memorização. Exemplo:
1) Quem consegue reter mais informações por meio da Visão: É ideal ler bastante ou estudar através de ilustrações ou esquemas visuais.
2) Por meio da Audição: Estar atento às explicações do professor, conversar com os amigos sobre a matéria, tentar ler em voz alta e escutar a própria voz, evitar ruídos que atrapalhem a sua concentração.
3) Sinestésico, por meio de Movimentos: Não estudar em uma mesma posição durante muito tempo e fazer gestos que representem o que foi estudado.

Evite

Tensão
É impossível memorizar algo se estiver tenso. Para relaxar prenda a respiração e vá soltando devagar.

Má alimentação e Privação de sono
Afetam a capacidade de concentração e a memória de longo prazo.

Remédios milagrosos
Não há medicamentos ou produtos químicos com atividade comprovada para aumentar os coeficientes da memória, o melhor remédio ainda é o treino.

Remédios prejudiciais
Alguns medicamentos que induzem o sono, analgésicos, calmantes e antidepressivos, atuam no cérebro e interferem no circuito da memória.

Ansiedade
De forma intensa pode provocar o chamado “branco”, uma alteração temporária da memória. Além disso, angústia e ansiedade prejudicam a memorização, pois podem provocar a perda da capacidade de realizar uma tarefa e prestar atenção em outra, a chamada “atenção dividida” (Ex.: anotar a matéria enquanto memoriza o que o professor diz).

Mau funcionamento do organismo
A memória não é um fenômeno isolado do organismo, faz parte de todo um sistema, por isso é fácil influenciá-la negativamente, assim como é fácil beneficiá-la. Tudo depende do mau ou do bom funcionamento do organismo.

Sobrecarga
Organize sua rotina, os lapsos de memória podem estar relacionados à sobrecarga de atividades.

A hora H

A hora H

A hora da prova é de grande tensão para o vestibulando

Enquanto uns se beneficiam com as férias, outros se descabelam por conta da chegada das provas do vestibular. Não tinha como ser diferente: o momento é de tensão mesmo. Você se preparou durante toda a sua vida escolar para essa hora, a hora de demonstrar seus conhecimentos sobre as áreas de biológicas, exatas e humanas. Agora que o ritmo está apertando ainda mais, veja algumas dicas de como se portar no dia da prova.

Primeiro: nada de ficar estudando até altas horas do dia anterior à prova. No máximo, uma recapitulada aqui, outra acolá... Sua mente deve estar descansada para poder encarar as 4, 5 ou 6 horas de prova do dia seguinte, resolvendo exercícios e criando textos.

Assim como já explicamos no site, a alimentação é super importante, tanto antes quanto na hora da prova. A sua disposição para realizar um exame extenso está bastante ligada àquilo que você comeu. Por exemplo, depois de comer uma baita feijoada não dá uma preguiça, parecendo que todas as suas forças se concentraram no estômago? Pois é. É verdade. O sangue circula mais ativamente nesta área e o cérebro fica em desvantagem. Essa é a razão pela qual é essencial escolher alimentos mais leves, como frutas, legumes e verduras, que alimentam e mantém o cérebro ativo.

Durante a realização das provas é normal comer um doce, mascar chicletes e chupar balas. Tudo bem, desde que também não seja em excesso. Já pensou uma dor de barriga no meio da prova? Vai ser difícil conseguir resolver todas as questões se você estiver pensando em qual será a próxima ida ao banheiro.

Por falar em banheiro, atente-se: não se levante da carteira por nenhuma razão enquanto estiver fazendo o exame. Se você precisar sair para tomar água ou ir ao banheiro, levante a mão e espere até o fiscal de sala se aproximar. Aguarde que ele autorize a sua ida, pois antes disso é preciso chamar um “fiscal de corredor”, que acompanhará você até o seu destino e depois de volta à sala.

Outra situação comum é os candidatos do vestibular acharem que não precisam ler o edital que rege o processo seletivo. Errado, muito errado. O edital é extremamente importante, tanto para o candidato quanto para a instituição. É lá que estão “as regras do jogo”, ou seja, o que pode e o que não pode fazer, o que pode ser levado no dia da prova, como proceder se houver discordância em relação ao gabarito e muitas, muitas outras informações.

Um exemplo comum é os candidatos chegarem aos locais de prova portando lapiseira, sendo que em muitos vestibulares a instrução é para levarem um lápis preto. A maioria dos vestibulares também não permite a entrada dos candidatos portando qualquer tipo de aparelho eletrônico, principalmente o celular. O ideal é deixá-lo em casa e combinar uma outra maneira de ser apanhado pelo pai como, por exemplo, marcar um determinado local e hora para se encontrarem.

Aqui vai um depoimento: como fiscal de vestibular, já vi muita gente perdendo a prova por não conseguir acessar o local portando celular e não ter com quem deixá-lo. E outro fato ainda mais bizarro: um candidato que conseguiu entrar na sala portando o celular e esqueceu de desligá-lo. No meio da prova, o telefone tocou, o coordenador do vestibular foi chamado e ele, desclassificado do processo seletivo. Resumindo: “esqueça” o tal aparelho em casa!

Pra não ter perigo, o ideal é levar o básico: o documento original de identidade, o cartão de confirmação de inscrição, um lápis preto, uma borracha branca, um apontador simples, duas canetas de corpo transparente e tinta preta (no caso de uma delas falhar), um lanchinho pra enganar a fome durante a prova e uma garrafa d’água para não ter que sair da sala a toda hora.

Fiquem atentos a todas as orientações dos fiscais e aos avisos normalmente fixados na parede: eles são importantes e devem ser seguidos. No mais, é com você. Tente relaxar, concentre-se e faça o seu melhor, sempre observando o tempo (o esquema é aquele: resolver as questões fáceis primeiro para depois encarar as mais difíceis). Depois é só conferir a lista de aprovados e correr para o abraço!

Estudo em grupo

Estudo em grupo

O estudo em grupo estimula o contato com outras idéias

Estudar sozinho ou em grupo? A dúvida é comum entre os estudantes de ensino médio e pré-vestibular. Os professores acham válido o estudo em grupo, desde que bem organizado. Eles lembram ainda que, a técnica de estudar em conjunto estimula os jovens a lidar com valores humanos e saber respeitar o espaço do próximo, e assim, todo mundo se ajuda.

O estudo em grupo é também um treinamento para os desafios do mercado de trabalho, já que essa prática necessita de desenvolvimento de negociação. As empresas procuram, hoje, por pessoas capazes de trabalhar em grupo.

Quando os alunos estudam juntos, aprendem mais e tem mais chances de sanar suas dúvidas; e quem mais aprende é quem ensina, porque isso ajuda a fixar melhor o conteúdo. Às vezes, a linguagem usada entre os jovens é mais fácil de ser compreendida do que a linguagem utilizada pelo professor, por exemplo. Dessa maneira, o estudo em grupo torna-se um diferencial na aprendizagem da matéria.

Os professores lembram que o ideal é ter uma reunião freqüentemente, uma vez por semana, por exemplo. Montar grupos de estudo só antes da prova não é caminho de salvação, e estudar em cima da hora é sempre um risco ao aparecimento de mais dúvidas.

Ao montar o seu grupo, leve em consideração algumas características importantes:

∙Estabeleça regras para que os integrantes não percam o foco;
∙Escolha um local de fácil acesso a todos, pode ser a casa de alguém, a escola ou uma biblioteca;
∙Verifique se a data é ideal para todos;
∙Delimite um tempo para o estudo, 3 a 4 horas são suficientes e
∙Para um bom rendimento é importante que o grupo não tenha mais do que 5 integrantes.

Com essas dicas vai ser fácil manter um estudo organizado e em dia. Se você ainda acha que estudar sozinho é o melhor caminho, não hesite em respeitar o seu ritmo. Existem pessoas que não conseguem se concentrar com barulho e que rendem mais quando dedicam um tempo para si mesmos. O importante é que você consiga atingir a meta: ter boas notas na escola e entrar em uma boa faculdade. Então, bons estudos e boa sorte!

Estudo diário

Estudo diário

Reservar de 3 a 4 horas para estudar todos os dias é o caminho para fixação de todo o conteúdo

O estudo diário é o segredo para um bom desempenho na hora da prova, tanto nos exames cotidianos do colégio quanto no exame do vestibular. A maioria dos professores de ensino médio e cursinhos preparatórios compartilha essa opinião e deixa claro que o estudo durante a madrugada só prejudica o rendimento do aluno nas aulas da manhã seguinte.

O aluno deve criar uma programação diária de estudos, levando em consideração as necessidades pessoais e dedicando um tempo maior para as disciplinas em que possui dificuldades. É importante prestar muita atenção nas aulas e tirar as dúvidas na hora com o professor. O ideal é repassar tudo o que foi visto na escola no mesmo dia, evitando, assim, o acúmulo de matérias. Reserve um tempo maior para aquelas matérias que exigem muitos cálculos como matemática, física e química. O tempo para essa revisão diária não deve ultrapassar cinco horas.

Estudar na véspera da prova além de não ajudar, atrapalha. Essa prática acaba fazendo com que o aluno adquira dúvidas na hora errada, ou seja, na hora em que elas não poderão ser sanadas pelo professor. E como se isso não bastasse, a autoconfiança fica lá embaixo, aumentando o nervosismo na hora de resolver as questões. Se você já estudou e acha que deve revisar antes da prova, cuidado, isso pode embaralhar as informações, fazendo o cérebro criar falsas associações. O melhor é aproveitar o tempo com outro tipo de leitura, fazendo o máximo para relaxar e não sobrecarregar a mente.

Para quem já vai prestar o vestibular a dica é fazer as provas dos anos anteriores das universidades que você vai tentar no fim dos semestres. Dessa forma, o estudante fica mais familiarizado com o estilo e o nível da prova e fica mais preparado e calmo para quando for a hora da verdade.

Quando pensamos em vestibular, pensamos logo na necessidade de uma boa preparação, em um ensino de qualidade e isto é realmente importante para quem quer entrar em uma universidade renomada e de vagas muito disputadas. Procure pelos colégios que têm um bom índice de aprovação em universidades federais, e, se achar necessário, também dê uma olhada nos cursinhos preparatórios de vestibular, pois estes têm um ensino voltado à aprovação destes concursos. Mas lembre-se: o cursinho serve como um complemento do ensino médio e é um recurso extra para o estudo objetivo das provas de vestibulares anteriores.

A preparação continuada do aluno ajuda o mesmo a se sentir preparado para a “prova de fogo”, não deixando que o nervosismo tome conta da mente, ocasionando os famosos “brancos”, ou lapsos de memória. Porém, o estudante não deve deixar de viver para estudar. O lazer é importante para relaxar o corpo e a mente, e o esporte ajuda a manter o corpo com boa disposição, por isso, nada de chás, café, refrigerantes ou estimulantes porque o descanso é fundamental para um bom rendimento escolar.

Espaço para estudo

Um local bem iluminado e organizado é o ideal

Estudar tanta matéria, estar apto a resolver questões e desenvolver uma boa redação não é fácil. É mesmo muita coisa pra uma pessoa só, mas como não há outro meio de passar no vestibular, o jeito é arregaçar as mangas e preparar o local que vai te ajudar a manter a concentração para um estudo aproveitável.

A primeira coisa a fazer é se convencer de que estudar na última hora não dá resultado pra ninguém. Por esse motivo, prepare-se para passar os três anos do ensino médio no pique total. É preciso reservar 3 ou 4 horas diárias de estudo, sem contar o tempo que você passa na escola ou cursinho. Essas horas em casa devem ser passadas em um local apropriado para que você aproveite bem a matéria que vai fixar.

Evite os ruídos alheios à sua concentração. Prefira um local silencioso, sem televisão, telefone, rádio e computador. Quando a concentração é baixa, a memória não consegue apreender as informações necessárias para afixar a matéria. Mas se você é daqueles que não consegue estudar sem música, prefira aquelas que não desviam a atenção, como as que têm letras e alterações bruscas de som. Opte por sons instrumentais leves.

A iluminação é essencial para tornar as horas do estudo agradáveis. Um local bem iluminado ajuda a manter a concentração, tira o sono e faz bem para os olhos. Uma luz fraca pode causar danos visuais, provocando sono e dores de cabeça. O ideal é ter uma luminária com lâmpada de luz branca, com potência de, no mínimo, 60W. Use cores quentes no local onde você volta muito a visão porque isso ajuda a manter a atenção e a boa disposição para estudar. As melhores cores são laranja, vermelho e amarelo; evite cores como azul, verde ou lilás que ajudam a relaxar e dão sono. Se não for possível uma demão de tinta, cole um cartaz ou painel que reflita essas cores. O cantinho do seu estudo deve se parecer com isso.

Conserve o espaço organizado e preencha com livros, cadernos e anotações, e mantenha os aperitivos, como salgadinhos, bolachas, doces e lanches, bem longe de sua vista.

Um local bem ventilado, além de ser saudável, evita o cansaço mental precoce. No caso de ar seco mantenha um balde com água perto de você e se for úmido providencie um desumidificador de ar, fácil de encontrar em qualquer supermercado grande.

Mas de nada adiantam todas essas mudanças se na hora de pegar firme nos livros você não se organizar com eles. Sistematize as horas que devem ser usadas em cada disciplina, deixando uma parte maior para aquelas em que você tem maior dificuldade. Organize-se e o seu estudo vai render muito mais.

O melhor tipo de redação

O melhor tipo de redação

Suma com o

Na hora da redação do vestibular, pinta uma dúvida: que tipo de texto escolher para poder se sair melhor? Essa resposta só mesmo o candidato pode dar ao verificar a proposta do tema da redação, mas o que vai mostrar ao vestibulando com qual estilo textual ele se sai melhor é a prática. Para compreender melhor os diferentes tipos de textos cobrados em provas de redação de vestibular, selecionamos os quatro mais comuns e destrinchamos suas principais características.

Dissertação

É o mais comum dentre os estilos de redação. Baseia-se na exposição de uma idéia e sua defesa por meio de bons argumentos. É muito importante que o candidato consiga fundamentar sua opinião, contrapondo idéias opostas sobre um mesmo assunto. O texto deve seguir a norma culta e as idéias precisam ser desenvolvidas de forma clara, objetiva e o mais impessoal possível.

Narração

É preciso apresentar uma história, um desencadeamento de fatos que envolvam personagens. Assim como toda história, esta deve conter introdução, desenvolvimento com o clímax da narração e fim, com o desfecho da situação. Esta ordem pode ser alterada, desde que o texto continue coerente e atrativo. É possível posicionar-se sobre um assunto por meio de uma personagem ou ainda utilizar o narrador onisciente (aquele que tudo sabe e tudo vê). O uso da norma culta é indispensável e o texto pode apresentar um desenvolvimento mais subjetivo.

Carta

Pode ser escrita de forma mais despojada, se enviada, por exemplo, para um amigo, ou formal, se endereçada a uma autoridade. A estrutura principal é a mesma em ambos os casos: local e data no início da folha, uma saudação (senhor, excelentíssimo, querida...), o texto propriamente dito e uma despedida com assinatura. É importante verificar como o vestibular permite a assinatura – normalmente com um nome fictício que deve ser usado por todos os candidatos – ou se o texto deve terminar na despedida, sem assinatura.

O tipo mais comum de carta é a argumentativa, onde deve ser explicitada a razão de seu pedido ou reclamação. Apesar de parecer com a modalidade de dissertação, uma diferença as separa fortemente: na dissertação, o leitor pode ser qualquer um, enquanto que a carta dirige-se a uma pessoa em especial e, por isso, é preciso adequar a linguagem.

Estilo jornalístico

Dentro deste estilo existem alguns diferentes tipos; os principais, porém, são as reportagens (ou notícias), os editoriais e os artigos. A reportagem, por exemplo, deve apresentar um texto mais objetivo e impessoal, em contrapartida ao editorial e ao artigo que propõem a apresentação e defesa de uma opinião: do autor – se artigo – ou do jornal – se editorial.

Trocando o dia pela noite

Trocando o dia pela noite

Trocar o sono pelos estudos pode ser uma armadilha contra o próprio organismo

Você é daqueles que dizem que “rende melhor de madrugada” e prefere estudar à noite? Deixa para estudar na véspera da prova e se entope de guaraná e café? Dorme poucas horas por noite e nem sempre consegue recuperar durante o outro dia? Cuidado! Aposto que você não sabia que trocando o dia pela noite está impedindo uma porção de reações naturais do seu organismo e, ainda mais, estabelecer uma rotina de privação do sono pode levar o cérebro a parar de produzir novas células. Portanto, confira as dicas de como melhorar a qualidade do sono e evitar problemas sérios para seu desempenho nos estudos e para sua saúde.

Danos

Ritmo biológico

Você já deve saber que a quantidade de sono ideal por noite é de sete a oito horas. Mas o que você pode não saber é que trocando algumas dessas horas de sono da noite para o dia você está prejudicando algumas reações bioquímicas essenciais do seu organismo. Uma delas é a produção da melatonina. Produzida por uma glândula cerebral chamada pineal, a melatonina é um neuro-hormônio responsável pelo controle biológico de cada pessoa e sua secreção está relacionada a períodos regulares de claro-escuro (ou seja, dia-noite). Sendo assim, alterando o equilíbrio de claro-escuro da sua rotina você está prejudicando o seu ritmo biológico.

Estresse

É preciso lembrar que o ano pré-vestibular é um período que já envolve estresse pela demanda de pressão recebida pelo estudante, o que acaba comprometendo ainda mais a qualidade e a quantidade do sono de maneira às vezes crônica. Longas horas sem dormir aumentam os níveis de corticosterona, o considerado hormônio do estresse, no organismo. Então você não vai querer aumentar ainda mais o estresse, não é? Se o seu dia de vestibulando já é estressante, preserve suas horas de sono para um período de relaxamento para o seu organismo.

Memória e concentração

É durante o sono profundo que as informações adquiridas durante o dia são armazenadas na chamada memória de longo prazo. E é também uma das regiões envolvidas na formação de memórias no cérebro – o hipocampo - que são mais afetadas pela privação do sono. Assim, se o indivíduo é privado das horas de sono profundo, seu hipocampo é afetado e, conseqüentemente, o armazenamento de memórias também. O que você aprendeu durante as aulas do colégio e as horas de estudo naquele dia podem estar simplesmente “entrando” na sua cabeça, mas sem permanecer lá. Além disso, a concentração e a atenção ficam prejudicadas pela falta de uma noite bem dormida, que provoca também fadiga mental e física, sonolência nas horas erradas e perda de motivação.

Neurônios

Outro dano causado pela insônia forçada é a diminuição da produção de neurônios no cérebro. A situação é tão séria que, mesmo que você re-estabeleça uma rotina saudável e normal de sono, enquanto outras funções do organismo normalizam-se em uma semana, os níveis de produção de células nervosas levam duas semanas para voltarem à normalidade e ainda demandam um grande esforço do cérebro.

Medidas para melhorar e/ou recuperar a qualidade do sono

Ficou chocado com as informações acima? Não precisa se apavorar, ainda dá tempo de recuperar a qualidade do seu sono. Veja o que fazer:

- Estabeleça uma regularidade no horário de dormir e acordar e evite compensar a falta de sono noturno com o diurno.

- Se estiver com dificuldades de dormir ou insônia, não force o sono “rolando na cama”, procure uma atividade relaxante (como uma leitura leve ou ouvir um pouco de música baixa) para tentar provocar o sono natural. Forçar só provoca ansiedade e angústia, afastando ainda mais a possibilidade de cair logo no sono.

- Adicione a prática de exercícios físicos à sua rotina, de forma moderada (duas vezes por semana é o suficiente). Uma atividade física ajuda a adormecer mais rápido, aumenta a quantidade de sono profundo e oferece uma sensação melhor de descanso ao despertar. Mas atenção! Evite fazer exercícios próximos à hora de dormir, pois a alta estimulação do organismo pode prejudicar a qualidade do sono.

- Evite cochilos rotineiros à tarde, depois do almoço. Lembre-se que a maioria das provas de vestibular é aplicada nesse horário e, se o seu organismo está acostumado a relaxar na hora em que é mais cobrado, o seu desempenho e a sua capacidade de se concentrar serão altamente prejudicados durante as provas.

- Evite o consumo de estimulantes (principalmente à base de cafeína como guaraná natural e café depois das 14h00, pois tem vida média no organismo). Tais produtos, assim como o álcool, provocam insônia e ansiedade.

- Faça da hora de dormir uma hora prazerosa, tome um banho em temperatura agradável, faça um lanche leve e deixe seu quarto limpo e confortável para suas próximas horas de relaxamento e descanso mental. Assim, você acordará mais disposto e pronto para enfrentar a maratona de estudos do dia seguinte.

Viu como uma boa noite de sono e outras iniciativas simples podem evitar problemas chatos? Então comece por aí a mudança em sua rotina desregulada. E lembre-se que nada é bom em excesso, nem dormir demais!

Com ou sem cursinho?

Com ou sem cursinho?

Algumas formas de se preparar para o vestibular

A resposta para essa pergunta não é fácil. Isto porque como dizia a sua avó: “cada caso é um caso”. Definitivamente não há uma resposta que seja válida para todos, já que existem perfis diferentes com dificuldades diferentes.

Existem aqueles que se dão bem estudando sozinhos e aqueles que precisam de um empurrãozinho para não se perderem no conteúdo. Para decidir se vale a pena ou não investir seu tempo e seu dinheiro em um curso preparatório para vestibular, dê uma olhada em cada um dos links abaixo para ver qual perfil é mais parecido com o seu.

A importância da atividade física

A importância da atividade física

Fazer exercícios físicos é essencial para ter uma vida com saúde

Ano de vestibular é assim: as atenções devem estar pura e simplesmente voltadas para os estudos. Nada além disso. Então, tirar um tempo para jogar uma bolinha com os amigos ou então dar uma pulo na academia com as garotas está fora de questão, certo? Errado!

Caso você se enquadre no rol dos que pensam assim, muito cuidado. Não seria preciso nem citar aqui os problemas que o sedentarismo pode acarretar, já que vestibulando deveria estar “careca” de saber. Mas não custa nada repetir: obesidade, hipertensão, diabetes, problemas de coração, entre tantos outros. Então está na hora de reorganizar o seu dia e garantir um bom futuro, com uma vaga na universidade e uma vida mais saudável.

Fazer exercícios físicos regularmente pode ajudar e muito na hora de fixar o conteúdo. “Existem estudos que mostram que quem pratica atividade física tem uma capacidade maior de memória, reflexos mais apurados e maior concentração. Isso se deve ao fato de ter que aprender novas habilidades físicas, desenvolver essas capacidades”, alerta o professor de Educação Física, Márcio Atalla, formado pela Universidade de São Paulo (USP).

Além disso, eles ajudam e muito a diminuir os níveis de estresse, comuns em quem está sob influência de períodos de grande tensão, como é o caso do pré-vestibular. Atalla esclarece que ao praticar exercícios aeróbios (caminhar, correr, nadar, entre outros), com intensidade de leve a moderada, o corpo libera uma substância conhecida como beta-endorfina, que proporciona sensações de bem-estar e prazer.

Mudou de opinião né? A Organização Mundial de Saúde recomenda guardar pelos menos 30 minutos em cada cinco dias da semana para fazer exercícios físicos. Por isso, o primeiro passo é organizar seus horários para que a nova atividade não interfira negativamente no desempenho de seus estudos. Com jeitinho, você conseguirá fazer bem as duas coisas e manter sua saúde.

O ideal é buscar alguma forma de atividade que você gosta e lhe dá prazer. Nada de procurar algo entediante, afinal, o resultado pode ser justamente o contrário. “Os jogos coletivos são interessantes para os vestibulandos, pois desenvolvem bastante o lado cognitivo e social, além, é claro, do físico”, ressalta o professor. Caminhar ou pedalar no parque é também uma boa alternativa, afinal, mudar do ambiente fechado e abafado das salas de aulas e cursinho para o contato com a natureza ajuda a “esfriar a cabeça”.

Se você é daqueles que preferem a movimentação das academias, é indispensável fazer também exercícios prazerosos e alternar ergometria (esteira, bicicleta, etc.) com os de musculação (levantamento de peso). E nada de ficar se matando na busca por um corpo perfeito, já que a procura por atividades físicas durante a maratona pré-vestibular está relacionada à saúde e não à beleza. Escolha ainda um local perto de casa e, de preferência, onde conheça alguém, pois assim a chance de desistir é menor. Que tal chamar um amigo então?

Para quem está no ensino médio, o ideal é não deixar de lado as aulas de Educação Física oferecidas na escola. Por mais que sejam recreativas, elas ajudam a manter o bom condicionamento físico. “Além disso, essas aulas devem servir para conscientizar da importância da atividade física por toda a vida”, finaliza Atalla.

Dicas para o ano de Vestibular

Dicas para o ano de Vestibular

Ano pré-vestibular: hora de estudar e estudar!

Está no ano do vestibular? Pensa que está na verdadeira hora do espanto? Calma, calma, aqui vão algumas dicas para você administrar o seu 3º ano e conseguir sua vaga na faculdade.

Mil e uma atividades

Se você é uma pessoa dinâmica, que faz mil atividades semanais, chegou a hora de decidir o que vai parar e o que vai continuar. Não é necessário abandonar todas as suas atividades de lazer ou cultura, é preciso apenas organizar o seu horário e priorizar o que é mais importante. Você pode, por exemplo, continuar com o curso de línguas, pois esse tipo de conhecimento é muito útil nos vestibulares. Mas as aulas de guitarra, as viagens e os finais de semana agitados devem ser repensados. Isso não quer dizer abandonar os seus programas favoritos, mas sim adiá-los até o próximo ano quando, se tudo der certo, você vai estar na faculdade, e terá tempo livre para retomar sua rotina.

Organograma

Quem pretende conseguir uma vaga em uma faculdade e para isso vai enfrentar um vestibular super concorrido deve começar desde cedo a organizar seus horários. É aquela coisa chata, mas muito eficiente: Horário de acordar, de dormir, de comer, de se divertir (o que é essencial) e, principalmente, de estudar. Sua rotina deve ser controlada para que tudo funcione na dosagem certa. Isso porque nada em excesso é bom, nem mesmo estudar demasiadamente. Além das horas diárias de aula do colégio ou do cursinho, o recomendado é mais 3 ou 4 horas de estudo durante o período que estiver em casa. Se preferir, procure uma biblioteca próxima ou até mesmo na escola, para evitar a tentação de assistir TV, acessar a internet ou até mesmo dar um cochilo na hora programada para o estudo. Depois, você pode sair com os amigos, continuar alguma atividade de lazer e até namorar. Mas não esqueça, vá dormir cedo (nada de estudar de madrugada), pois o sono e o cansaço mental dificultam a aprendizagem. Não pense que tomando energéticos ou estimulantes conseguirá ficar concentrado, eles só farão mal à sua saúde.

Explorando as dificuldades

Você tem muita dificuldade em uma matéria essencial? Não se preocupe, isso é muito comum. Por mais que o “gênio” da sua sala pareça entender de tudo, pode apostar que ele não nasceu sabendo, mas sim, se esforçou o suficiente para aprender. O que fazer? Nada de fugir da matemática só porque tem dificuldades. O correto é fazer o contrário, dedicar mais atenção às matérias que você não domina bem já que, subentende-se que você tem facilidade com as outras e pode dedicar menos tempo a elas. Mas atenção, menos tempo não quer dizer nenhum tempo! O ideal é organizar seu horário de estudo de forma a nunca deixar nenhuma matéria de lado, especialmente as mais difíceis. Outra dica importante é nunca levar dúvidas para casa. Extraia o máximo de conhecimento de seus professores e, mesmo que continue com dificuldades, procure-o fora do horário de aula para saná-las.

Pratique

Faça simulados, resolva provas antigas (as universidades costumam aproveitar algumas questões de suas provas anteriores para os vestibulares atuais, modificando apenas alguns detalhes), vá à aulões especiais e seja treineiro. Quanto mais provas você fizer, mais fácil ficará na hora de encarar o vestibular pra valer, você já estará familiarizado com o horário da prova, com os procedimentos comuns e com a sua própria ansiedade. Além disso, fazer a prova do vestibular da faculdade em que você pretende estudar como treineiro ajuda a conhecer o tipo de prova da instituição e diminui o nervosismo quando chegar a hora do vestibular pra valer.

Leia muito

Torne a leitura um hábito cotidiano, se já não for. Nessa época é que você deve estar mais informado, pois as provas de vestibular costumam ser contextualizadas com os assuntos do ano, principalmente no que diz respeito ao tema da redação. Leia jornais, revistas, sites de notícia ou artigos, e assista a telejornais de diferentes canais da TV. Isso porque cada meio de comunicação tem uma linha editorial, ou seja, assistindo e lendo a jornais de diferentes empresas você terá acesso às argumentações opostas e diferenciadas, o que facilita a compreensão dos fatos. Se você tem um blog comece a escrever sobre os temas polêmicos da semana, e se não tem, faça-o em seus cadernos mesmo. A prática da escrita (que depende de uma leitura constante) o ajudará a enfrentar a redação do vestibular com mais tranqüilidade. Aponte argumentos, faça listas de prós e contras e coloque a cabeça para funcionar, em uma dessas você pode até dar a sorte de escrever sobre o tema da redação antes mesmo do vestibular.

Novas práticas

Essas são algumas práticas que você pode inserir em sua rotina durante todo o ano pré-vestibular. Preparando-se durante o ano você tem mais chances de passar no vestibular do que dedicando os meses de véspera da prova a recuperar o tempo perdido. Não deixe suas matérias se acumularem, anote suas dúvidas e tente resolvê-las e, acima de tudo, não deixe de viver sua vida, conviver com os amigos e namorar. Afinal, a convivência social é fundamental para a construção de sua personalidade e de suas opiniões.

Revisão | Biologia - "Fouling" são microorganismos confundidos com sujeira

O termo 'fouling' vem do inglês e significa o conjunto de organismos que 'sujam' os cascos das embarcações. Na verdade, o termo é pouco apropriado, pois seres vivos não podem ser considerados propriamente 'sujeira'.

Um dos limites à produtividade natural do ambiente marinho é a área de superfície que pode prontamente ser colonizada no processo denominado de sucessão ecológica. Muitas espécies produzem as larvas planctônicas, que são carregadas por marés, por correntes e por ondas. Em algum momento do seu desenvolvimento, recrutam-se em alguma superfície rígida, natural ou não --um costão rochoso ou uma pilastra de um píer, por exemplo-- e crescem por meio de estágios sucessionais, formando comunidades que raramente atingem a estabilidade ou o clímax.

Diferentemente, na sucessão ecológica que acontece em campos e matas, o processo se estabelece com a chegada de sementes vegetais e de animais, até um ponto em que o sistema atinge o clímax ecológico, em que tudo o que se produz naquele ecossistema é consumido ali.

Nota-se no 'fouling' marinho que ocupa regiões com pouca iluminação solar uma menor ocorrência de vegetais do que de animais, que possuem, predominantemente, hábitos filtradores. O processo de colonização é sempre rápido, e os prejuízos causados por organismos do 'fouling' são muitos, por exemplo, o aumento do consumo de combustível dos navios, o comprometimento de estruturas, como pilastras de pontes e de portos, e até o ataque aos cabos submarinos que interligam os continentes pela internet.

O combate a esses organismos vem sendo feito por produtos sintéticos. A convenção internacional para o controle desses sistemas foi adotada em 2001, mas, até agora, pouco se investigou sobre suas reais conseqüências no equilíbrio dos ecossistemas.

Revisão | Biologia - Veja a diferença entre alimentação diet e light

O Ministério da Saúde classifica os produtos diet como o grupo de alimentos dietéticos produzidos para fins especiais e define: "Alimentos dietéticos são aqueles especialmente formulados e/ou produzidos de forma que sua composição atenda necessidades dietoterápicas específicas de pessoas com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e/ou patológicas particulares".

Um alimento diet é aquele de cuja composição original foi "retirada" alguma substância e que serve às dietas especiais com restrições, por exemplo, de açúcares, de gorduras, de sódio, de aminoácidos ou de proteínas.

Desse modo, os produtos sem sal são indicados para os hipertensos; os sem açúcar, para os diabéticos; os sem gordura, para os que têm excesso de colesterol; os sem o aminoácido fenilcetonúria, para os fenilcetonúricos etc.

Os produtos light são permitidos pelo governo quando atributos dele, como a taxa de gordura ou de açúcar, forem comprovadamente reduzidos ou baixos. São, portanto, alimentos com redução de, no mínimo 25% de calorias ou de qualquer outro componente. Esses produtos são destinados às pessoas que querem manter ou perder peso. Por exemplo: um iogurte light é aquele feito com pouca gordura (leite desnatado) ou com pouco açúcar.

O consumo de um produto light só propiciará diminuição de peso se for consumido na mesma quantidade do produto normal.

Cabe salientar que os produtos diet nem sempre são light. Um chocolate sem açúcar, portanto rotulado como "chocolate diet", recomendado para pessoas com diabetes, pode ter uma quantidade de gordura superior à convencional, que o transforma num produto muito mais calórico do que o chocolate normal e, por isso, não ser indicado para quem tem problema de excesso de peso.

O consumo de produtos diet ou light deve ser sempre feito com orientação de um médico ou de um nutricionista.

Revisão | Biologia - Compare os diferentes processos de divisão celular

Mitose Meiose
- Resulta em duas células geneticamente iguais - Resulta em quatro células geneticamente diferentes
- Não há redução do número de cromossomos - Há redução do número de cromossomos
- Não há permuta gênica entre cromossomos homólogos - Normalmente ocorre permuta gênica entre os cromossomos homólogos
- Ocorre em células somáticas - Ocorre em células germinativas
- A duplicação do DNA antecede apenas uma divisão celular - A duplicação do DNA antecede duas divisões celulares
- Uma célula produzida por mitose, em geral, pode sofrer nova mitose - Uma célula produzida por meiose não pode sofrer meiose
- É importante na reprodução assexuada de organismos unicelulares e na regeneração das células somáticas dos multicelulares - É um processo demorado (podendo, em certos casos, levar anos para se completar)
- Não há redução do número de cromossomos - Há redução do número de cromossomos

É fundamental saber comparar a mitose e a meiose. Algumas doenças resultam de alterações nesses tipos básicos de divisão celular. A síndrome de Down, por exemplo, é provocada por erros na divisão celular que podem ocorrer durante a formação dos gametas ou na divisão do zigoto.

A mitose ocorre em todas as células somáticas do corpo e, por meio dela, uma célula se divide em duas, geneticamente idênticas à célula inicial. Assim, é importante na regeneração dos tecidos e no crescimento dos organismos multicelulares. Nos unicelulares, permite a reprodução assexuada.

Já a meiose só ocorre em células germinativas, com duas divisões sucessivas. A célula-mãe se divide em duas, que se dividem de novo, originando quatro células filhas com metade dos cromossomos da célula inicial: são os gametas, geneticamente diferentes entre si.

Dessa forma, a meiose tem papel fundamental na reprodução sexuada. E não se esqueça: durante a meiose normalmente há troca de genes entre cromossomos homólogos, o que aumenta a variabilidade gênita da espécie. Vale ainda lembrar que a mitose e a meiose apresentam quatro fases características: prófase, metáfase, anáfase e telófase, com formação de fuso protéico e condensação dos cromossomos. Nos dois casos, a duplicação do DNA antecede as divisões celulares.

Veja se aprendeu

1. (Ufba) I - Os cromossomos tornam-se visíveis, a membrana nuclear desintegra-se e forma-se o fuso acromático.

II - "... estando os cromossomos pareados, cromátides homólogas partem-se em níveis correspondentes e trocam entre si partes homólogas. Desse modo, há permuta de alelos entre cromossomos homólogos." (Crutis, p. 190).

III - "... o resultado é a produção de duas células novas, separadas, cada qual contendo (...) o mesmo material genético que a célula-mãe..." (Curtis, p. 145-6).

As descrições acima referem-se a eventos da mitose e da meiose. Desses eventos, são comuns à mitose e à meiose os referidos:
a) apenas em I.
b) apenas em I e II.
c) apenas em I e III.
d) apenas em II e III.
e) em I, II e III


2. (FUVEST) Admitamos como correta a hipótese de que a causa da divisão celular seja a duplicação do DNA (que é interfásica). Se pudessemos, nos organismos adultos, bloquear especificamente a síntese de DNA, em determinados locais, estaríamos tentando:

a) impedir que o organismo crescesse.
b) induzir o organismo a aumentar suas mitoses.
c) bloquear o desenvolvimento de um eventual tumor.
d) favorecer o desenvolvimento normal do organismo.
e) produzir células com menos quantidade de DNA.


Gabarito: 1-a, 2-c

Revisão | Biologia - Conceitos básicos sobre circulação

- circulação aberta: tipo de circulação em que o sangue ou hemolinfa sai do interior dos vasos e entra em contato direto com as células. Ocorre em artrópodes e na maioria dos moluscos.
- circulação fechada: tipo de circulação em que o sangue flui exclusivamente dentro dos vasos.
Não há contato direto entre o sangue e as células. Ocorre em anelídeos, moluscos cefalópodes e vertebrados.
- circulação simples: tipo de circulação em que o sangue passa uma única vez pelo coração em cada ciclo completo. Ocorre em vertebrados de respiração branquial.
- circulação dupla: tipo de circulação em que o sangue passa duas vezes pelo coração em cada ciclo completo. Ocorre em vertebrados de respiração pulmonar.
- circulação dupla incompleta: tipo de circulação em que ocorre mistura dos sangues venoso e arterial no coração ou na comunicação entre a artéria aorta e a pulmonar. Presente em anfíbios e répteis.
- circulação dupla completa: tipo de circulação em que não ocorre mistura dos sangues venoso e arterial no coração. Presente em aves e mamíferos.
- sangue venoso: sangue cuja taxa de gás carbônico é maior que a de oxigênio.
- sangue arterial: sangue cuja taxa de oxigênio é maior que a de gás carbônico.

O sistema circulatório humano

O sistema circulatório é formado pelo sangue, coração e pelos vasos sanguíneos. Tem como função transportar nutrientes, gases, células de defesa, hormônios e produtos de excreção por todo o corpo.

O sangue circula pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e compõe-se de células dispersas num líquido amarelado, o plasma. As artérias o conduzem do coração para os órgãos e tecidos do corpo, enquanto nas veias ele flui em sentido inverso.

O coração é um órgão musculoso dividido em quatro câmaras: duas superiores (átrios ou aurículas) e duas inferiores (ventrículos). Pelo lado direito só circula sangue venoso, rico em CO2.

Pelo esquerdo, sangue arterial, rico em O2. No sistema, o sangue percorre um circuito fechado.

Após passar pelos tecidos, chega ao coração pelas veias cavas. Entra no átrio direito, passa para o ventrículo direito e parte para os pulmões, onde será oxigenado. Retorna ao coração pelas veias pulmonares, ligadas ao átrio esquerdo. Desse, passa para o ventrículo esquerdo, de onde vai para o corpo pela aorta.

Revisão | Biologia - Compare os processos de fotossíntese e respiração

Os vegetais verdes possuem, nas suas células, organóides chamados cloroplastos, onde se processa o fenômeno da fotossíntese. Os cloroplastos transformam a energia luminosa em energia química através da equação:

12H2O + 6CO2 luzclorofila C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2

A fotossíntese pode ser subdividida em duas etapas: fotoquímica ou luminosa e química ou escura.

Na fase fotoquímica, a energia luminosa, absorvida pelas clorofilas, será utilizada na síntese de dois compostos energéticos, o ATP e o NADPH2. A síntese de ATP se faz a partir do ADP e fosfato e é chamada fotofosforilação. O NADPH2 se forma quando a molécula da água é quebrada nos seus componentes, isto é, oxigênio e hidrogênio. O oxigênio é liberado como subproduto da fotossíntese, e o hidrogênio é utilizado na redução do NADP a NADPH2.

Na fase química ocorre: absorção e fixação de CO2; redução do CO2 pelo NADPH2, consumindo a energia do ATP e produzindo a glicose, rica em energia.

Os vegetais, os animais e os decompositores liberam a energia dos compostos sintetizados, na fotossíntese, durante a respiração. A respiração aeróbia ocorre nas mitocôndrias dos eucariontes e pode ser expressa através da equação:

C6H12O6 + 6H2O + 6O2 12H2O + 6CO2 + Energia

A energia liberada é utilizada na manutenção dos fenômenos vitais.

Podemos dividir a respiração celular nas seguintes etapas: glicólise, Ciclo de Krebs e cadeia respiratória.

Alguns dos ATPs formados durante a respiração celular são produzidos diretamente durante o processo de glicólise, outros se originam da fosforilação oxidativa que ocorre durante a cadeia respiratória e da qual participam as moléculas de NADH2, FADH2 e GTP, formadas durante a glicólise e o ciclo de Krebs.

Eis, a seguir, mais detalhadamente, o que se produz em cada uma das etapas:

1. Glicólise Ocorre no citoplasma da célula e produz ácido pirúvico a partir de glicose. Esse processo gera 2 ATPs e 2 NADH2. Cada NADH2 produzido na glicólise será convertido em 3 ATPs durante a cadeia respiratória. Portanto, ao final de todos os processos, pode-se dizer que o saldo total da glicólise é de 8 ATPs.

Para cada molécula de glicose degradada são formadas 2 moléculas de ácido pirúvico. Antes da próxima etapa, o ácido pirúvico reage com a coenzima A originando a acetil-coenzima A (acetil-CoA). Nesse processo formam-se 2 NADH2 que irão originar, durante a cadeia respiratória, 6 ATPs. Portanto, o saldo total da conversão ácido pirúvico em acetil-CoA é de 6 ATPs.

2. Ciclo de Krebs Ocorre na matriz mitocondrial. Durante o ciclo são formados: 6 NADH2, que irão originar 18 ATPs durante a cadeia respiratória; 2 moléculas de FADH2 sendo que, cada uma, durante a cadeia respiratória, irá formar 2 ATPs (total = 4 ATPs), e 2 moléculas de GTP, sendo que cada uma originará 1 ATP durante a cadeia respiratória (total = 2 ATPs). Portanto, ao final da cadeia respiratória, o Ciclo de Krebs permitirá a formação de 24 ATPs.

3. Cadeia respiratória Ocorre nas cristas mitocondriais e promove a conversão das moléculas produzidas durante as fases anteriores (NADH2, FADH2 e GTP) em moléculas de ATP.

Resumindo

  • Glicólise produz: 2 ATP + 2 NADH2
    Conversão do ácido pirúvico em acetil-CoA: 2 NADH2
  • Ciclo de Krebs: 6 NADH + 2 FADH2 + 2GTP

    Cadeia transportadora de elétrons:

  • 2 NADH2 (glicólise) = 6 ATPs
  • 2NADH2 (conversão do ácido pirúvico)= 6 ATPs
  • 6 NADH2 (Ciclo de Krebs) = 18 ATPs
  • 2 FADH2 (Ciclo de Krebs)= 4 ATPs
  • 2 GTP (Ciclo de Krebs)= 2 ATPs

    Saldo total = 38 ATPs
  • Revisão | Biologia - Componentes da célula

    Em todas as células eucariontes encontram-se duas regiões fundamentais: o núcleo e o citoplasma. Envolvendo ambos e isolando a célula do meio extracelular, existe a membrana plasmática. O núcleo contém grande parte do material genético da célula e o citoplasma é a região intracelular entre a membrana plasmática e o núcleo.

    Membrana plasmática

    A membrana plasmática envolve a célula e isola o citoplasma do meio extracelular. É formada por duas camadas de lipídios (moléculas insolúveis na água) e proteínas, sendo, por isso, chamada de lipoprotéica. A composição da membrana plasmática muda conforme o tipo de célula e o organismo. Nos mamíferos, a quantidade de lipídios das membranas plasmáticas varia conforme a idade e saúde do animal. Nas plantas e nas bactérias, essa composição muda conforme as condições ambientais, como luz e temperatura.

    Nos animais, as membranas plasmáticas constituem-se de fosfolipídios - principalmente glicerofosfolipídios e esfingomielinas -, glicolipídios e colesterol. Esses lipídios alinham-se em fileiras e formam duas camadas em que as cadeias carbônicas ficam frente à frente. No meio da dupla camada lipídica, existem proteínas específicas inseridas parcial ou transversalmente Estas proteínas não são fixas: podem deslizar ao longo do plano da membrana. Este modelo de organização da membrana celular é conhecido como "mosaico fluido".

    Proteínas
    As proteínas da membrana realizam diversas tarefas, entre elas inclui-se a bomba de sódio e potássio - relacionada ao equilíbrio iônico celular. São elas também que concedem permeabilidade seletiva à membrana plasmática, determinando o que entra e o que sai da célula (em condições ideais).

    Por meio das proteínas da membrana, as células:

  • Secretam moléculas que atuam sobre células distantes.

  • Influenciam outras células por contato físico direto.

  • Estabelecem canais de comunicação entre células próximas (há trocas de pequenas moléculas informacionais).


  • Citoplasma

    O citoplasma corresponde à região entre o núcleo e a membrana celular. Ele é formado por uma matriz coloidal (chamada de matriz citoplasmática ou hialoplasma) onde estão imersas as organelas celulares e o citoesqueleto.

    Organelas citoplasmáticas
    As organelas são estruturas que se encontram imersas no citoplasma e são responsáveis pela maioria das atividades metabólicas da célula. A seguir veremos as funções das principais organelas:

  • retículo endoplasmático liso: formado por membranas achatadas que formam uma rede de tubos. Sua função se relaciona principalmente ao metabolismo de lipídios, transporte e armazenamento de substâncias.

  • retículo endoplasmático rugoso ou ergastoplasma: estrutura similar ao retículo endoplasmático liso, porém com pequenas estruturas, chamadas ribossomos, aderidas a sua membrana. Sua principal função é a síntese de proteínas.

  • complexo de Golgi: organela formada por um sistema de sacos achatados e vesículas do retículo endoplasmático liso. Sua principal função está ligada à secreção celular.

  • mitocôndrias: organela na forma de um pequeno bastão, responsável pela respiração celular (oxidação gradual de glicose, com desprendimento de energia). Possui uma membrana externa e outra interna, provida de invaginações chamadas cristas, ao longo das quais estão fixadas moléculas de enzimas, que promovem as reações geradoras de energia. O espaço interno da mitocôndria é chamado de matriz e contem uma série de enzimas além de material genético.

  • lisossomos: pequenas vesículas revestidas por membranas simples, que contêm enzimas necessárias aos processos de digestão intracelular.

  • centríolo: geralmente ocorrem aos pares e são formados por estruturas protéicas chamadas de microtúbolos.Sua função se relaciona com a orientação das fibras do fuso, durante a divisão das células animais (nos vegetais superiores, não existe centríolo).

  • plastos: organelas encontradas apenas nas células vegetais, responsáveis pela fotossíntese ou armazenamento de substâncias. São envoltos por um sistema de duas membranas e seu espaço interno é chamado de estroma. O estroma contém enzimas, material genético e uma série de vesículas achatadas chamadas de tilacóides. Nos tilacóides da maioria dos plastos encontram-se os pigmentos fotossintetizantes, dentre os quais o mais comum e importante é a clorofila (presente nos cloroplastos), que catalisa o início da fotossíntese.


  • Além destas organelas, no citoplasma existem vacúolos, zonas de armazenamento de substâncias (e inclusões minerais), grânulos de proteínas e outras moléculas inertes.

    Revisão | Biologia - Divisão celular

    Mitose

    A mitose é um tipo de divisão celular essencial para continuarmos a nos desenvolver, a crescer e a repor células perdidas.

    A mitose se inicia com uma célula diplóide (2n), ou seja, com o número total de cromossomos da espécie (no caso dos humanos, 46). Em seguida, há um período de grande atividade metabólica, denominado intérfase, em que ocorre a duplicação do material genético. Só depois começa a divisão propriamente dita.

    Fases da mitose
    1. Prófase: a cromatina (material genético) inicia sua espiralização, transformando-se em cromossomos (contendo duas cromátides-irmãs). Os centríolos (ausentes nas células vegetais) se posicionam em pólos opostos e entre eles aparecem as fibras do fuso. Há o desaparecimento do nucléolo, e, por fim, ocorre o rompimento da carioteca (membrana nuclear).

    2. Metáfase: os cromossomos atingem a espiralização máxima e encontram-se no centro da célula (plano equatorial), presos às fibras do fuso.

    3. Anáfase: as cromátides-irmãs migram para os pólos opostos das células devido ao encurtamento das fibras do fuso.

    4. Telófase: termina a divisão do núcleo (cariocinese) e do citoplasma (citocinese). Os cromossomos voltam a se desespiralizar, a carioteca e os nucléolos reaparecem. Por fim, formam-se duas células, filhas idênticas à célula-mãe (que originou todo o processo).


    Meiose

    É um processo de divisão reducional no qual uma célula diplóide (2n) origina 4 células haplóides (n). Ocorre com a finalidade específica de produzir células sexuais ou gametas (espermatozóide e óvulo). No caso dos seres humanos, a meiose garante que, durante a fecundação, se forme um novo ser com 46 cromossomos, 23 vindos do pai e 23 da mãe.

    Também é dividida em etapas. A divisão é dupla. Na primeira divisão, ocorrem a prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Na segunda, a prófase II, metáfase II, anáfase IIe telófase II.

    Antes do início da meiose há, assim como na mitose, um período de duplicação do material genético chamado de interfase.

    Etapas da meiose
    1. Prófase I: a cromatina se espiraliza, transformando-se em cromossomos (contendo duas cromátides-irmãs). Os centríolos, quando presentes, se posicionam em pólos opostos e entre eles aparecem as fibras do fuso. Há o desaparecimento do nucléolo, e o rompimento da carioteca. Esta etapa pode ser dividida em 5 subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. Durante esta fase pode ocorrer o "crossing-over" (mistura do material genético), com a quebra e troca de pontas entre os cromossomos. Este mecanismo favorece a variabilidade genética.

    2. Metáfase I: os cromossomos homólogos atingem a espiralização máxima e migram, presos às fibras do fuso, para a região central da célula.

    3. Anáfase I: os cromossomos homólogos migram para os pólos opostos das células devido ao encurtamento das fibras do fuso.

    4. Telófase I: término da cariocinese e da citocinese. Os cromossomos se desespiralizam, a carioteca e o nucléolo reaparecem.

    5. Prófase II: os cromossomos voltam a se espiralizar, os centríolos (quando presentes) se posicionam em pólos opostos e surgem as fibras do fuso. Os nucléolos desaparecem e a carioteca se rompe.

    6. Metáfase II: Os cromossomos homólogos migram, presos às fibras do fuso, para a região central da célula.

    7. Anáfase II: as cromátide irmãs dos cromossomos homólogos migram para pólos opostos das células devido ao encurtamento das fibras do fuso.

    8. Telófase II: término da cariocinese e da citocinese. Os cromossomos se desespiralizam, a carioteca e o nucléolo reaparecem. Formam-se 4 células haplóides (n) originadas da célula mãe diplóide (2n).

    Revisão | Biologia - Código genético e síntese de proteínas

    Nos núcleos das células (e também nas mitocôndrias e nos cloroplastos) encontramos dois tipos de ácidos nucléicos: o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico). As moléculas de DNA e de RNA são constituídas da união de unidades menores, os nucleotídeos.

    Cada nucleotídeo é formado por um grupo fosfato, um açúcar (desoxirribose no DNA e ribose no RNA) e uma base nitrogenada. Existem cinco tipos diferentes de bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), guanina (G), citosina (C), e uracila (U). As quatro primeiras são encontradas no DNA. Já no RNA, a timina é substituída pela uracila.

    Enquanto os nucleotídeos do RNA se agrupam numa cadeia simples, a molécula de DNA apresenta duas cadeias emparelhadas e enroladas uma sobre a outra, formando uma estrutura conhecida como "dupla hélice". As cadeias do DNA emparelham-se através da ligação entre as bases nitrogenadas: adenina com timina e citosina com guanina (A - T; C - G), que são unidas por pontes de hidrogênio.

    Os cromossomos (estruturas presentes no núcleo das células dos seres vivos em geral e no citoplasma das bactérias) são constituídos por um longo filamento de DNA associado a certas proteínas chamadas histonas.

    Alguns trechos do DNA presente nos cromossomos dão início a processos de fabricação de proteínas com as mais diversas funções no organismo. Esses trechos de DNA são o que chamamos de genes.

    Existem três tipos de RNA: mensageiro (mRNA), ribossômico (rRNA) e transportador (tRNA). Todos eles também participam dos processos de síntese protéica, cada um apresentando diferentes funções.

    Síntese de proteínas
    O início da síntese de uma proteína se dá quando determinado trecho de DNA, um gene, tem suas duas cadeias separadas pela ação de uma enzima chamada polimerase do RNA. A polimerase do RNA orienta os nucleotídeos livres presentes no núcleo junto a uma dessas cadeias de DNA. Os nucleotídeos de RNA agrupam-se segundo um emparelhamento de bases nitrogenadas parecido com o das duas cadeias do DNA, com a diferença de que a adenina se emparelha com a uracila (A - U). Forma-se então uma nova molécula de RNA, chamada de mRNA, que se desprende da cadeia de DNA e migra para o citoplasma. Este processo é chamado de transcrição.

    A sequência de bases transcritas a partir do DNA carrega consigo a informação codificada para a construção de uma molécula de proteína. Essa codificação se dá na forma de trincas de bases nitrogenadas, chamadas códons.

    As proteínas são moléculas formadas por uma sequência de unidades menores chamadas aminoácidos. Os códons do RNA formado nesse processo determinam os aminoácidos que constituirão uma determinada molécula de proteína. Eles contêm, portanto, uma mensagem para a síntese protéica.

    A etapa seguinte da síntese protéica ocorre no citoplasma das células, onde o mRNA formado durante a transcrição acopla-se a organelas chamadas ribossomos, que são constituídas por rRNA associado a proteínas. É nos ribossomos que ocorre a síntese - e eles podem encontrar-se livres no citoplasma ou associados ao retículo endoplasmático rugoso.

    Entra em ação, então, o RNA transportador, que recebe esse nome em virtude de transportar com ele os aminoácidos (unidades constituintes das proteínas). No tRNA há uma trinca de bases nitrogenadas denominadas anticódon, por meio das quais ele se liga temporariamente ao mRNA no ribossomo, pelas bases complementares (códon).

    Os aminoácidos transportados em cada tRNA unem-se entre si por meio de uma ligação química conhecida por ligação peptídica. O ribossomo, que catalisa esse processo, desloca-se então sobre o mRNAe o primeiro tRNA se desliga do conjunto ribossomo-RNAm, sendo que os aminoácidos permanecem ligados.

    Em seguida, uma nova molécula de tRNA se une ao ribossomo, transportando mais um aminoácido que se junta aos outros dois. O processo continua até que todos os códons do mRNA tenham sido percorridos pelo ribossomo, recebendo os tRNAcomplementares e formando uma cadeia de aminoácidos, ou seja, uma molécula de proteína. Este processo é chamado de tradução.

    Todas as proteínas presentes nos mais diferentes seres vivos são compostas por combinações entre 20 aminoácidos. Chamamos de código genético a correspondência entre os códons e os aminoácidos.

    As quatro bases nitrogenadas do mRNA combinam-se, três a três, formando 64 códons que correspondem a apenas 20 aminoácidos. Dois ou mais códons podem codificar um mesmo aminoácido, por isso costuma-se dizer que o código genético é degenerado. Existem também alguns códons que não correspondem a aminoácido nenhum. Neste último caso, tratam-se de códons que determinam o término do processo de tradução.

    Revisão | Biologia - Fluxos de energia e ciclo de matéria da cadeia alimentar

    A biosfera é o conjunto de ecossistemas existentes no planeta Terra. Um ecossistema

    A transferência de energia entre os seres vivos quando estes se alimentam e servem de alimento para outros organismos forma uma cadeia alimentar. Em um ecossistema existem diversas cadeias alimentares, a relação entre estas é chamada de teia alimentar.

    Quanto à sua posição na cadeia alimentar, os organismos podem ser classificados em:

    compreende os seres vivos e o ambiente, com suas características físico-químicas e as inter-relações entre seres vivos (fatores bióticos) e não vivos (fatores abióticos).

    1) Produtores são aqueles capazes de produzir o próprio alimento (autótrofos), seja por meio da fotossíntese ou da quimiossíntese.

    2) Consumidores são organismos heterótrofos, podem se alimentar diretamente dos produtores (consumidor primário) ou de outros consumidores (consumidor secundário, terciário, etc.).

    3) Decompositores se alimentam de organismos mortos liberando a matéria orgânica de volta ao ambiente.

    Quando um organismo se alimenta do outro nas relações da cadeia alimentar, há transferência tanto de energia quanto de matéria.

    O processo de transferência de energia começa pelo sol. A energia solar, captada e transformada pelos produtores, é devolvida ao meio na forma de energia térmica pelos próprios produtores, consumidores e decompositores. Trata-se de um fluxo unidirecional .

    Além disso, a cada transferência de energia de um nível trófico para outro, há uma perda na forma de calor. Ou seja, a quantidade de energia diminui no decorrer das relações da teia alimentar. Portanto, quanto mais próximo do produtor, maior a quantidade de energia disponível.

    Quanto à matéria, ela é constantemente reaproveitada, fluindo de maneira cíclica:

    a) substâncias produzidas no processo de fotossíntese são transformadas em água e gás carbônico à medida que são utilizadas na respiração celular.

    b) depois da ingestão de alimentos, o corpo dos seres vivos armazena, temporariamente, parte do que foi ingerido - na forma de amido, gorduras e proteínas - e libera no ecossistema o que não foi aproveitado, para que possa ser reutilizado por outros seres vivos.

    c) os organismos mortos são decompostos através da ação dos decompositores e a matéria orgânica retorna ao ambiente.

    As cadeias alimentares podem ser representadas de forma quantitativa através de gráficos na forma de pirâmides, de forma que os produtores são representados na base e os consumidores nos níveis subseqüentes. São as chamadas das pirâmides ecológicas.

    Pirâmides ecológicas mais utilizadas
    1) A pirâmide de número representa o número de organismos que participa de uma determinada cadeia alimentar. Dependendo do ecossistema considerado, a pirâmide de número pode ter a base mais larga do que os níveis subseqüentes, ou menor, possuindo então a configuração de uma pirâmide invertida.

    2) A pirâmide de biomassa considera a massa (e não o número) dos organismos que participam de uma determinada cadeia alimentar. Ela indica a quantidade de matéria orgânica presente em cada nível trófico. Assim como a pirâmide de número ela pode ter a base mais larga ou ser invertida.

    3) A pirâmide de energia representa a passagem da energia ao longo dos níveis tróficos de uma cadeia alimentar. Devido aos processos metabólicos sempre há perda de energia quando se passa de um nível trófico para outro. Portanto a pirâmide de energia nunca é invertida.

    Revisão | Biologia - Poluição

    Poluição é a introdução de qualquer substância que normalmente não existe no ecossistema e à qual os organismos não estão adaptados. Essas substâncias, chamadas de poluentes, provocam a degradação física e química do ambiente. Os poluentes podem ser naturais ou artificiais.

    Os poluentes naturais são aqueles que já existem na natureza, por exemplo, o gás carbônico, mas que tem a sua quantidade aumentada devido a ação do homem (antrópica) ou da própria natureza.

    Os poluentes artificiais são aquelas substâncias produzidas e lançadas na natureza pela ação antrópica. Alguns exemplos são os gases CFCs (clorofluorcabonos) e os pesticidas como o DDT.

    Poluição atmosférica é a introdução de poluentes na atmosfera devido a ação antrópica ou natural. Estes poluentes alteram as propriedades físico-químicas da atmosfera, prejudicando o equilíbrio do ambiente e afetando o bem estar das espécies que habitam a região afetada.

    Alguns exemplos de poluição atmosférica devido a ação antrópica são a emissão de CO2

    Exemplos de poluição atmosférica devido a causas naturais são as cinzas e gases de emissões vulcânicas, compostas principalmente de enxofre; e o CO2 liberado em incêndios florestais naturais.

    Umas das conseqüências da poluição atmosférica é o efeito estufa.

    proveniente de fontes fixas (indústrias, usinas termoelétricas, incineradores de lixo, vulcões) ou móveis (veículos automotores, trem, avião, embarcação marítima).
    Efeito estufa
    É o aumento da temperatura terrestre devido a emissão de gases poluentes, principalmente do monóxido e dióxido de carbono. Estes gases podem ser emitidos por causas naturais (vulcões, incêndios) ou devido a ação do homem (queima de combustíveis fósseis). Uma maior concentração destes gases leva a um aumento da retenção natural de calor promovida pela atmosfera e à elevação da temperatura de nosso planeta.

    Poluição das águas é a introdução de poluentes, em qualquer tipo de corpo hídrico, que alterem as propriedades físico-químicas destes ambientes, prejudicando as espécies que os habitam ou que utilizam seus recursos.

    Alguns exemplos são o lançamento de esgotos domésticos ou industriais, o derramamento de petróleo e o lixo jogado em rios, lagos ou mar.

    Uma das conseqüências da poluição das águas é a eutrofização.

    Eutrofização
    É causada pelo despejo na água de esgoto doméstico não tratado. O esgoto aumenta a quantidade de matéria orgânica e nutrientes presentes na água. Com isso, há um crescimento rápido e intenso de microalgas. Após certo tempo, essas algas morrem e são degradadas por bactérias decompositoras.

    O processo de decomposição das algas consome o oxigênio dissolvido na água, reduzindo sua disponibilidade para as outras espécies aquáticas e provocando a morte de muitos organismos. Além disso, a grande quantidade de algas torna a água do mar turva, prejudicando a fotossíntese e reduzindo ainda mais o teor de oxigênio na água.

    Revisão | Biologia - Relações ecológicas

    Na reprodução sexuada dos vegetais ocorre a alternância entre dois tipos de gerações; uma haplóide (n) e outra diplóide (2n) . Por este motivo o ciclo reprodutivo é chamado de haplodiplobionte.

    a) A geração haplóide corresponde ao gametófito e produz gametas através da mitose.

    b) A geração diplóide corresponde ao esporófito e produz esporos através da meiose.

    A fecundação dos gametas origina um zigoto que é diplóide. Este se desenvolve e cresce através de sucessivas mitoses formando o esporófito. Quando maduro o esporófito produz esporos haplóides por meiose. Esta meiose, na qual ocorre a formação dos esporos, é chamada de espórica ou intermediária. Os esporos se desenvolvem através de sucessivas mitoses e originam o gametófito haplóide. O gametófito maduro produz gametas haplóides por mitose, fechando o ciclo.

    1) Reprodução sexuada das briófitas

  • Nas briófitas a fase dominante e duradoura é o gametófito (n). O esporófito (2n) é reduzido, transitório e ligado ao gametófito feminino.

  • Gametófito masculino: haplóide, produz através da mitose os anterozóides (n) (gametas masculinos).

  • Gametófito feminino: haplóide, produz através da mitose as oosferas (n) (gametas femininos).

  • Fecundação: os anterozóides deslocam-se em gotículas de água até o gametófito feminino onde fecundam a oosfera originando um zigoto diplóide.

  • Desenvolvimento do zigoto: o esporófito (2n) se desenvolve sobre o gametófito feminino através de sucessivas mitoses.

  • Formação dos esporos: quando maduro o esporófito produz esporos (n) através da meiose (meiose espórica). Quando atingem um substrato adequado, os esporos (n) germinam originando um novo gametófito (n), que corresponde a planta adulta.


  • 2) Reprodução sexuada das pteridófitas

  • Nas pteridófitas a fase dominante é o esporófito (2n). O gametófito (n) é reduzido e de curta duração.

  • Esporófitos: quando maduros produzem os esporos (n) através de meiose, no interior dos esporângios. Os esporângios encontram-se reunidos em estruturas chamadas soros.

  • Germinação dos esporos: quando atingem um substrato adequado os esporos (n) germinam dando origem ao gametófito (n).

  • Gametófito: é chamado de protalo e é hermafrodita. Produz, através de mitose, os anterozóides (n) e as oosferas (n). Após a fecundação o protalo se degenera.

  • Fecundação: a união dos anterozóides (n) e das oosferas (n) origina o zigoto (2n). O zigoto se desenvolve originando um novo esporófito (2n) que corresponde a planta adulta.

    3) Reprodução sexuada nas gimnospermas

  • A fase dominante, que corresponde a planta adulta, é o esporófito (2n). Existem espécies hermafroditas (monóicas) ou com os sexos separados (dióicas). Uma novidade em relação aos grupos anteriores é a presença de dois tipos de esporos (2n), os esporos femininos, chamados megásporos e os masculinos, micrósporos. Os esporos são produzidos no interior de estruturas denominadas estróbilos.

  • Formação dos megásporos e das oosferas: a formação dos megásporos ocorre nos estróbilos femininos dentro de estruturas chamadas megasporângios. No interior do megasporângio uma célula diplóide sofre meiose e origina quatro células haplóides. Três destas células se degeneram e uma se desenvolve, originando o megásporo (n). O megásporo sofre sucessivas mitoses e origina o gametófito feminino (n). Células do gametófito feminino se diferenciam e originam a oosfera (n).

  • Formação dos micrósporos e do grão-de-pólen: a formação dos micrósporos ocorre nos estróbilos masculinos dentro de estruturas chamadas microsporângios. No interior dos microsporângios diversas células (n) sofrem meiose originando uma série de micrósporos (n). Cada micrósporo sofre mitose e origina a célula do tubo polínico (n) e a célula geradora (n). A célula geradora originará durante a fecundação duas células espermáticas (n). O conjunto destas células mais um tecido protetor é chamado de grão-de-pólen.

  • Polinização: é o transporte dos grãos-de-pólen até os gametófitos femininos realizado pelo vento.

  • Fecundação: ao atingir o gametófito feminino, o grão de pólen produz o tubo polínico que chega à oosfera (n). Pelo interior do tubo polínico são lançadas duas células espermáticas (n), no entanto, apenas uma delas fecundará a oosfera (n) originando o zigoto (2n).

  • Formação da semente e germinação: após a formação do zigoto (2n), o tecido do gametófito feminino começa a se desenvolver e origina um tecido rico em reservas nutritivas chamado de endosperma primário. Ao redor do endosperma se forma uma casca resistente e protetora. Este conjunto é chamado de semente. Quando madura, a semente se desprende do gametófito e, sob condições ambientais adequadas, germina, originando um novo esporófito (2n).


  • 4) Reprodução sexuada nas angiospermas

  • A fase dominante, que corresponde a planta adulta, é o esporófito (2n). Existem espécies hermafroditas (monóicas) ou com os sexos separados (dióicas). Uma novidade em relação aos grupos anteriores é a formação de flores e frutos.

  • Formação dos megásporos e das oosferas: ocorre no interior dos ovários femininos (situados no carpelo da flor), onde uma célula (2n) sofre meiose e origina quatro células (n). Destas quatro, três se degeneram e uma se diferencia, originando o megásporo (n). O núcleo do megásporo sofre mitoses e origina oito núcleos haplóides (n). Estes núcleos dão origem aos seguintes elementos do gametófito: células antípodas, núcleos polares, células sinérgides e oosferas. O conjunto destas células corresponde ao gametófito feminino ou saco embrionário.

  • Formação dos micrósporos e do grão-de-pólen: ocorre no interior das anteras das flores, nos microsporângios. Diversas células (2n) sofrem meiose e originam inúmeros micrósporos (n). Os micrósporos originam o grão de pólen. O grão de pólen contém a célula do tubo (n) e a célula geradora (n). Esta última sofre mitose e origina duas células espermáticas (n).

  • Polinização: é o transporte dos grãos-de-pólen até os gametófitos femininos e pode ser realizado por agentes físicos (ventos e água) ou biológicos (animais).

  • Fecundação: ao atingir o gametófito feminino o grão de pólen produz o tubo polínico que chega à oosfera. Pelo interior do tubo polínico são lançadas duas células espermáticas (n). Uma delas fecundará a oosfera (n) originando o zigoto (2n). A outra célula espermática (n) se funde aos dois núcleos polares e origina um tecido triplóide (3n) rico em reservas nutritivas, o endosperma secundário.

  • Formação da semente e fruto: o zigoto se desenvolve originando o embrião (2n). O conjunto do embrião, o endosperma secundário e a casca corresponde à semente. O desenvolvimento do embrião estimula a liberação de hormônios que provocam o desenvolvimento da parede do ovário, originando o fruto.
  • Revisão | Biologia - Botânica - Reprodução vegetal

    Na reprodução sexuada dos vegetais ocorre a alternância entre dois tipos de gerações; uma haplóide (n) e outra diplóide (2n) . Por este motivo o ciclo reprodutivo é chamado de haplodiplobionte.

    a) A geração haplóide corresponde ao gametófito e produz gametas através da mitose.

    b) A geração diplóide corresponde ao esporófito e produz esporos através da meiose.

    A fecundação dos gametas origina um zigoto que é diplóide. Este se desenvolve e cresce através de sucessivas mitoses formando o esporófito. Quando maduro o esporófito produz esporos haplóides por meiose. Esta meiose, na qual ocorre a formação dos esporos, é chamada de espórica ou intermediária. Os esporos se desenvolvem através de sucessivas mitoses e originam o gametófito haplóide. O gametófito maduro produz gametas haplóides por mitose, fechando o ciclo.

    1) Reprodução sexuada das briófitas

  • Nas briófitas a fase dominante e duradoura é o gametófito (n). O esporófito (2n) é reduzido, transitório e ligado ao gametófito feminino.

  • Gametófito masculino: haplóide, produz através da mitose os anterozóides (n) (gametas masculinos).

  • Gametófito feminino: haplóide, produz através da mitose as oosferas (n) (gametas femininos).

  • Fecundação: os anterozóides deslocam-se em gotículas de água até o gametófito feminino onde fecundam a oosfera originando um zigoto diplóide.

  • Desenvolvimento do zigoto: o esporófito (2n) se desenvolve sobre o gametófito feminino através de sucessivas mitoses.

  • Formação dos esporos: quando maduro o esporófito produz esporos (n) através da meiose (meiose espórica). Quando atingem um substrato adequado, os esporos (n) germinam originando um novo gametófito (n), que corresponde a planta adulta.


  • 2) Reprodução sexuada das pteridófitas

  • Nas pteridófitas a fase dominante é o esporófito (2n). O gametófito (n) é reduzido e de curta duração.

  • Esporófitos: quando maduros produzem os esporos (n) através de meiose, no interior dos esporângios. Os esporângios encontram-se reunidos em estruturas chamadas soros.

  • Germinação dos esporos: quando atingem um substrato adequado os esporos (n) germinam dando origem ao gametófito (n).

  • Gametófito: é chamado de protalo e é hermafrodita. Produz, através de mitose, os anterozóides (n) e as oosferas (n). Após a fecundação o protalo se degenera.

  • Fecundação: a união dos anterozóides (n) e das oosferas (n) origina o zigoto (2n). O zigoto se desenvolve originando um novo esporófito (2n) que corresponde a planta adulta.

    3) Reprodução sexuada nas gimnospermas

  • A fase dominante, que corresponde a planta adulta, é o esporófito (2n). Existem espécies hermafroditas (monóicas) ou com os sexos separados (dióicas). Uma novidade em relação aos grupos anteriores é a presença de dois tipos de esporos (2n), os esporos femininos, chamados megásporos e os masculinos, micrósporos. Os esporos são produzidos no interior de estruturas denominadas estróbilos.

  • Formação dos megásporos e das oosferas: a formação dos megásporos ocorre nos estróbilos femininos dentro de estruturas chamadas megasporângios. No interior do megasporângio uma célula diplóide sofre meiose e origina quatro células haplóides. Três destas células se degeneram e uma se desenvolve, originando o megásporo (n). O megásporo sofre sucessivas mitoses e origina o gametófito feminino (n). Células do gametófito feminino se diferenciam e originam a oosfera (n).

  • Formação dos micrósporos e do grão-de-pólen: a formação dos micrósporos ocorre nos estróbilos masculinos dentro de estruturas chamadas microsporângios. No interior dos microsporângios diversas células (n) sofrem meiose originando uma série de micrósporos (n). Cada micrósporo sofre mitose e origina a célula do tubo polínico (n) e a célula geradora (n). A célula geradora originará durante a fecundação duas células espermáticas (n). O conjunto destas células mais um tecido protetor é chamado de grão-de-pólen.

  • Polinização: é o transporte dos grãos-de-pólen até os gametófitos femininos realizado pelo vento.

  • Fecundação: ao atingir o gametófito feminino, o grão de pólen produz o tubo polínico que chega à oosfera (n). Pelo interior do tubo polínico são lançadas duas células espermáticas (n), no entanto, apenas uma delas fecundará a oosfera (n) originando o zigoto (2n).

  • Formação da semente e germinação: após a formação do zigoto (2n), o tecido do gametófito feminino começa a se desenvolver e origina um tecido rico em reservas nutritivas chamado de endosperma primário. Ao redor do endosperma se forma uma casca resistente e protetora. Este conjunto é chamado de semente. Quando madura, a semente se desprende do gametófito e, sob condições ambientais adequadas, germina, originando um novo esporófito (2n).


  • 4) Reprodução sexuada nas angiospermas

  • A fase dominante, que corresponde a planta adulta, é o esporófito (2n). Existem espécies hermafroditas (monóicas) ou com os sexos separados (dióicas). Uma novidade em relação aos grupos anteriores é a formação de flores e frutos.

  • Formação dos megásporos e das oosferas: ocorre no interior dos ovários femininos (situados no carpelo da flor), onde uma célula (2n) sofre meiose e origina quatro células (n). Destas quatro, três se degeneram e uma se diferencia, originando o megásporo (n). O núcleo do megásporo sofre mitoses e origina oito núcleos haplóides (n). Estes núcleos dão origem aos seguintes elementos do gametófito: células antípodas, núcleos polares, células sinérgides e oosferas. O conjunto destas células corresponde ao gametófito feminino ou saco embrionário.

  • Formação dos micrósporos e do grão-de-pólen: ocorre no interior das anteras das flores, nos microsporângios. Diversas células (2n) sofrem meiose e originam inúmeros micrósporos (n). Os micrósporos originam o grão de pólen. O grão de pólen contém a célula do tubo (n) e a célula geradora (n). Esta última sofre mitose e origina duas células espermáticas (n).

  • Polinização: é o transporte dos grãos-de-pólen até os gametófitos femininos e pode ser realizado por agentes físicos (ventos e água) ou biológicos (animais).

  • Fecundação: ao atingir o gametófito feminino o grão de pólen produz o tubo polínico que chega à oosfera. Pelo interior do tubo polínico são lançadas duas células espermáticas (n). Uma delas fecundará a oosfera (n) originando o zigoto (2n). A outra célula espermática (n) se funde aos dois núcleos polares e origina um tecido triplóide (3n) rico em reservas nutritivas, o endosperma secundário.

  • Formação da semente e fruto: o zigoto se desenvolve originando o embrião (2n). O conjunto do embrião, o endosperma secundário e a casca corresponde à semente. O desenvolvimento do embrião estimula a liberação de hormônios que provocam o desenvolvimento da parede do ovário, originando o fruto.
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