
No dia 9 de novembro de 2009 comemoram-se os 20 anos da queda do Muro de Berlim (1961-1989), símbolo da opressão dos regimes comunistas que gravitavam na esfera de influência da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A derrubada do Muro pelos alemães orientais abriu caminho para a reunificação da Alemanha, acelerou o fim dos regimes comunistas no Leste Europeu, colocou um ponto final na Guerra Fria (1945-1989) e foi um dos fatores que mais contribuiu para o surgimento do mundo globalizado. No final da guerra fria a Alemanha foi dividida em duas partes política e ideologicamente distintas: a República Federal da Alemanha, ou Alemanha Ocidental, controlada pelos aliados (Estados Unidos, França e Reino Unido); e a República Democrática da Alemanha (RDA), ou Alemanha Oriental, controlada pela URSS. A escassez de produtos básicos e a falta de liberdades na RDA levaram muitos alemães a migrar para a Alemanha Ocidental, que progredia cada vez mais com a economia capitalista. Para conter esse fluxo, o líder soviético Nikita Kruschev ordenou a construção do Muro de Berlim, que teve início em 13 de agosto de 1961. Com as fronteiras fechadas, a Alemanha Oriental transformou-se em uma verdadeira prisão. Na tentativa de atravessar o Muro, que contava com 155km de extensão, 3,60m de altura, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda, muitas pessoas acabaram morrendo ou se ferindo, e tantas outras foram aprisionadas. No final dos anos 80, porém, dois principais fatores levaram à queda do Muro de Berlim: a ascensão ao poder do líder soviético Mikhail Gorbatchev, em 1985, e as reformas políticas na Hungria e na Polônia. Ao assumir o poder, Gorbatchev percebeu que a URSS não tinha mais condições financeiras de manter a guerra fria e promoveu uma abertura econômica que acabou levando à dissolução da União Soviética. Na mesma época, a vitória da oposição na Polônia possibilitou a formação do primeiro governo não-comunista na Europa Oriental pós-guerra e a abertura da fronteira da Hungria com a Áustria criou um caminho de fuga pelo qual os alemães poderiam passar para o lado ocidental. A evasão diária de milhares de alemães da RDA para a Alemanha capitalista provocou uma crise no país, levando à revolta popular que resultou na abertura dos portões após anos de bloqueio. Comemorações: Na próxima segunda-feira (9), visando às comemorações em torno dos 20 anos da queda do Muro de Berlim, a chanceler Angela Merkel, que cresceu na ex-Alemanha Oriental e cuja carreira política começou com a queda do Muro, receberá diplomatas e líderes mundiais na famosa festa no Portão de Brandemburgo. "Todos os países da União Européia estarão representados", afirmou o governo alemão. Também são esperados líderes das antigas potências que ocuparam a cidade, como o primeiro-ministro inglês Gordon Brown, além dos presidentes francês e russo Nicolas Sarkozy e Dmitri Medvedev, respectivamente. Os Estados Unidos serão representados pela Secretária de Estado Hillary Clinton e o Presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, já confirmou presença. Entre os ilustres convidados também estão o último líder soviético, Mikhail Gorbatchev, e o ex-líder anticomunista polonês Lech Walesa. No evento, haverá um concerto ao ar livre da orquestra da Staatsoper de Berlim, com o maestro argentino-israelense Daniel Barenboim. A cidade espera a presença de 100.000 pessoas para as festividades da noite. Os hotéis já estão tomados por turistas e jornalistas de todo o mundo. |
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Durante muitos anos o Muro de Berlim representou a divisão do mundo em dois blocos: um capitalista, liderado pelos Aliados (Estados Unidos, França e Reino Unido), e outro socialista, sob o comando da União Soviética. Essa divisão ficou bem evidente após a Segunda Guerra Mundial, durante o período denominado guerra fria. Dessa forma, além dos sistemas capitalista e socialista, a Segunda Guerra Mundial e a guerra fria são fortes candidatos para as provas de História. Fonte: www.vestibular.com.br |
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