
Representantes de 192 países estão reunidos desde a última segunda-feira (7) em Copenhague, capital da Dinamarca, na 15ª Conferência das Nações Unidas (COP-15) sobre mudanças climáticas, com o objetivo de conter o ritmo acelerado do aquecimento atmosférico. Participam também do evento representantes de organizações não governamentais (ONGs), observadores internacionais e ativistas de todo o mundo. Até o próximo dia 18, negociadores dos referidos países vão buscar um novo acordo climático para complementar o Protocolo de Kyoto depois de 2012. Contudo, o sucesso da reunião pode estar por um fio, já que os dois maiores emissores de gases do planeta, Estados Unidos e China, acabaram anunciando, semanas antes do encontro, que seus representantes não levariam metas numéricas para a reunião. Juntos, os dois países respondem por 40% das emissões de carbono que esfumaçam o planeta. Por outro lado, o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, afirmou no início da Conferência que a decisão brasileira de reduzir entre 26,1% e 18,9% as emissões até 2020 abriram caminho para que países como os Estados Unidos e a China também apresentassem propostas. Para que o objetivo do COP-15 seja alcançado é fundamental que as duas potências cheguem a um acordo. Mas como colocar o planeta em ordem na questão climática sem que as economias dos países movidas a carbono sejam afetadas? Esta questão só deve ser mesmo respondida nos minutos finais da Conferência, daqui dez dias. Informações vindas de Copenhague dão conta que os dinamarqueses propuseram metas de redução ambiciosas. Já os chineses incluíram cortes bastante reduzidos para os países em desenvolvimento, que alegam precisarem continuar queimando combustíveis para alcançar as nações desenvolvidas no processo de industrialização. Tudo indica que a disputa será acirrada, visando a um acordo que evite o aquecimento global e mudanças climáticas que podem afetar a vida de milhões de pessoas nas próximas décadas. |
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Protocolo de Kyoto: Redigido em 1997 na Conferência de Kyoto, no Japão, o Protocolo de Kyoto foi o primeiro conjunto de metas de redução de gases responsáveis pelo efeito estufa. Entrou em vigor em fevereiro de 2005 com a participação de 163 países. O acordo tinha como objetivo que as nações desenvolvidas diminuíssem ao menos 5% as emissões de gases no período entre 2008 e 2012. Na época, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, relutou em assinar o acordo, alegando que a decisão afetaria a economia americana. Efeito estufa: O efeito estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Ele é provocado pela emissão de alguns tipos de gases, como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). Como consequência, o calor fica retido, não sendo liberado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância, pois serve para manter o planeta aquecido e, assim, garantir a manutenção da vida. O que se torna catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que desestabilize o equilíbrio energético no planeta e origine um fenômeno conhecido como aquecimento global. |
Fonte: www.vestibular.com.br
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